O escritor Gaio Júlio Higino (c. 64 a.C.-17) que veio da Espanha romana, relata a história de uma mulher no Egito chamada Agnódice que se disfarçou de homem para aprender a prática da medicina.
Os atenienses, relata ele, não permitiam que mulheres e escravos recebessem ensinamentos em medicina. Como as mulheres ficavam constrangidas em aceitar um homem para atendê-las durante o trabalho de parto, muitas acabavam morrendo.
Agnódice cortou o cabelo, fez roupas para homens e treinou com Herófilo em Alexandria. Então ela trabalhou como parteira. Por continuar a se disfarçar, ela suspendia a roupa para mostrar para a paciente que era realmente mulher. Ela ficou tão popular entre suas pacientes que foi chamada diante de Aerópago (corte ateniense) para responder a acusações de seduzir suas pacientes. Novamente ela suspendeu suas roupas para mostrar que era mulher. O apoio a ela foi tamanho que os atenienses fizeram uma emenda na lei para que as mulheres pudessem receber ensinamentos de medicina.
[A História da Medicina, Anne Rooney]