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MÉDICO DISFARÇADO

 [Agnódice abriu caminho para as mulheres na medicina]

 O escritor Gaio Júlio Higino (c. 64 a.C.-17) que veio da Espanha romana, relata a história de uma mulher no Egito chamada Agnódice que se disfarçou de homem para aprender a prática da medicina.
 Os atenienses, relata ele, não permitiam que mulheres e escravos recebessem ensinamentos em medicina.  Como as mulheres ficavam constrangidas em aceitar um homem para atendê-las durante o trabalho de parto, muitas acabavam morrendo.
 Agnódice cortou o cabelo, fez roupas para homens e treinou com Herófilo em Alexandria. Então ela trabalhou como parteira. Por continuar a se disfarçar, ela suspendia a roupa para mostrar para a paciente que era realmente mulher. Ela ficou tão popular entre suas pacientes que foi chamada diante de Aerópago (corte ateniense) para responder a acusações de seduzir suas pacientes. Novamente ela suspendeu suas roupas para mostrar que era mulher. O apoio a ela foi tamanho que os atenienses fizeram uma emenda na lei para que as mulheres pudessem receber ensinamentos de medicina.

[A História da Medicina, Anne Rooney]

MAIS UMA BOMBA NA SAÚDE


Presidente do CFM quer que médicos de planos de saúde cobrem por consulta/ 15-01-2013

Clientes pagariam pelas consultas e as mensalidades dos planos valeriam apenas para custear os procedimentos, defende Roberto D'Ávila, do Conselho Federal de Medicina, que quer mudança o quanto antes. 

[Roberto D'Ávila]

BRASÍLIA - O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Roberto D’Ávila, quer que médicos de planos de saúde passem a cobrar seus pacientes pelas consultas. "A ideia é que eles se desvinculem dos planos para esse tipo de atendimento. O credenciamento passaria a valer apenas para outros procedimentos", defende.

 A estratégia, uma forma de driblar os baixos honorários pagos pelas operadoras, teria uma limitação: ela não poderia ser adotada por profissionais que atendessem nos hospitais dos planos de saúde ou por médicos contratados. O tema ainda não foi discutido entre integrantes do colegiado. "Mas estou divulgando a ideia. Meu sonho é que isso seja feito o mais brevemente possível", completou.

 A sugestão vem à tona quase dois meses depois da aprovação no CFM de uma recomendação liberando médicos de planos de saúde a cobrar um adicional pelo acompanhamento de gestantes durante o parto normal. A diferença é que, no caso do acompanhamento de gestantes, o médico receberia uma parte dos honorários da paciente e outra, do plano. No caso das consultas, apenas do paciente.

 D’Ávila considera um equívoco médicos aceitarem receber de R$ 30 a R$ 40 dos planos por consulta e, no atendimento particular, cobrar pelo menos R$ 150. "Os reflexos disso são evidentes", constata D’Ávila.

 Ele observa que pacientes de convênios têm atendimentos rápidos, que não ultrapassam 10 minutos. Já a consulta de um paciente particular pode durar em média meia hora. "Isso não é bom para o profissional, não é bom para o paciente."

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fonte ESTADÃO.COM.BR/Saúde

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Um país com tantos absurdos, agora mais esta. Sustentamos um bando de ordinários que fazem parte da política do Brasil e que não zelam pelos interesses da população. 
Agora vem este cidadão, que infelizmente é o Presidente do Conselho Federal de Medicina e dá uma declaração destas? O governo é que deve fiscalizar, cobrar, atuar e modificar as leis no que se refere aos planos de saúde quando assim se fizerem necessárias, fazendo com que a justa parte seja repassada ao bolso dos profissionais. 
Outra questão é a qualidade do serviço prestado pelos profissionais médicos. Atendimento de 10 minutos ou meia hora? Isto não vem ao caso, estamos insatisfeitos tanto com o atendimento nas redes públicas como nas redes privadas de saúde. O cidadão paga o SUS, o cidadão paga o plano de saúde, o cidadão pagará o médico do plano de saúde. E assim vamos viver. Lembremos: vivemos num país que tem como slogan 'Brasil um país de todos'. Quanta ironia.

RITA LEVI-MONTALCINI, PRÊMIO NOBEL DE MEDICINA


Na época do governo fascista na Itália, neurologista foi impedida de continuar os estudos mas, montou um laboratório caseiro onde fazia experimentos.

[Rita Levi-Montalcini ganhou o Nobel de Medicina em 1986 por suas descobertas sobre neurônios] 

 A cientista e prêmio Nobel de medicina, Rita Levi-Montalcini, conhecida por suas importantes descobertas sobre neurônios, morreu neste domingo (30/12/2012) em sua casa, aos 103 anos, em Roma. 

 Nascida em Turim em 22 de abril de 1909, de pai engenheiro e mãe artista, ela começou a estudar medicina aos 20 anos. Contudo, a promulgação de leis raciais impediu a jovem italiana de origem judia de continuar a se especializar em neurologia e psiquiatria. 

 Durante a guerra, Rita improvisou um laboratório em sua cozinha e depois em casa na zona rural Piemonte, onde fazia experimentos com embriões de galinha. 

 Seus resultados, embora realizados em condições precárias, lhe renderam em 1947 um convite para a Universidade de Washington, em St. Louis, Missouri. 

 Ela permaneceu lá por 30 anos, dando continuidade a sua carreira como pesquisadora e professora, dirigindo o Instituto de Biologia Celular do Centro Nacional de Pesquisa de Roma. 

 Em 1986 ela recebeu o Prêmio Nobel de Medicina, junto com Stanley Cohen, por sua pesquisa sobre o crescimento de células neurais.


"Le donne che hanno cambiato il mondo, non hanno mai avuto bisogno di "mostrare" nulla, se non la loro intelligenza..." 

Rita Levi-Montalcini Premio Nobel per la medicina, 1986 
22/04/1909 - 30/12/2012


fonte iG